Plano de Aula

A LINGUAGEM ORAL E A LINGUAGEM ESCRITA

A Moça que Dançou Depois de Morta
02/03/2008
Ensino Fundamental - Anos Iniciais, Ensino Fundamental - Anos Finais
Língua Portuguesa, Geografia
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Acesse a ficha do filme



O curta A Moça que Dançou Depois de Morta, de Ítalo Cajueiro, é inspirado na história de cordel do autor contemporâneo J. Borges. Aos 64 anos, ele continua a escrever e ilustrar seus cordéis, e sabe-se que foi por meio deste tipo de literatura que aprendeu a ler e escrever. Mora em Bezerros, cidade natal do artista, a 110 km da capital pernambucana, onde mantém a Gráfica Borges e publica seus cordéis.

"O Cordel é um livreto confeccionado em papel jornal com versos de poetas populares que retratam o cotidiano e o ideário nordestinos. São chamados de cordéis porque são pendurados em cordões nas feiras livres. As histórias mostram, de modo pitoresco, satírico, cômico ou trágico, casos verdadeiros ou fantásticos. Freqüentemente estes livretos apresentam Xilogravuras, que são ilustrações populares obtidas por gravuras talhadas em madeira. Do grego Xilós, que significa madeira, e Grafia, que significa escritura."
(fonte: ww.hotlink.com.br/ www.ablc.com.br).

Conhecer a literatura de Cordel possibilita uma aproximação com um gênero de texto totalmente vinculado à tradição brasileira e ao contexto onde a mesma está inserida.


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Que os alunos:


􏰀 Compreendam que a escrita e leitura são atividades que atendem diferentes
funções.

􏰀 Percebam relações entre a linguagem falada e escrita.

􏰀 Conheçam uma modalidade oral de literatura.

􏰀 Utilizem a linguagem oral com eficácia, sabendo adequá-la a intenções e
situações comunicativas que requeiram conversar num grupo, expressar
sentimentos e opiniões, defender pontos de vista, relatar acontecimentos,
expor sobre temas estudados.

􏰀 Participem de diferentes situações de comunicação oral, acolhendo e
considerando as opiniões alheias e respeitando os diferentes modos de falar

􏰀 Conheçam e reproduzam oralmente histórias de cordel.

􏰀 Ampliação do repertório de imagens ao observarem diferentes gravuras de
Cordel .

􏰀 Valorizem as diversas culturas presentes na constituição do Brasil como nação,
reconhecendo sua contribuição no processo de constituição da identidade
brasileira.

􏰀 Reconheçam as qualidades da própria cultura, valorando-as criticamente,
enriquecendo a vivência de cidadania.


1. Apresentação do Curta: A Moça que Dançou Depois de Morta - Ítalo Cajueiro.




2. Conversar sobre o tema do filme, pontos apreciados, críticas à história,
familiaridade com este tipo de literatura.



Orientação Didática:

Ao conversar com os alunos sobre o tema do curta o professor sensibiliza o grupo
para aquilo que irá trabalhar. Ao ouvi-los abre espaço para crítica, para que teçam
opiniões, estabeleçam relações com outras histórias já vividas ou conhecidas.



3. Propor ao grupo conhecer outras histórias de cordel a fim de escolher uma
para dramatizá-la.



Orientação Didática:

Esse é um momento importante em que o professor compartilha o produto a ser
construído por todos. A intenção não é que ele imponha sua vontade e sim dê a
sugestão abrindo espaço para conversa, negociação e ajustes que os alunos
propuserem. A aprendizagem ganha sentido, pois todos, tanto professor como alunos,
se relacionam entre si e acerca de um objeto de estudo, um objetivo comum.



4. Ampliar repertório de literatura de Cordel



Orientação Didática:

O professor poderá trazer diferentes versões de uma mesma história, assim como
apresentar outros enredos que venham a ampliar o repertório do grupo.



5. Fazer um levantamento de bons sites sobre literatura de cordel.


6. Pesquisar locais que comercializam este tipo de literatura.



Orientação Didática:

O trabalho no computador pode ser um bom aliado nesta seqüência, seja para realizar
pesquisas, seja para as situações de reescrita. O uso do computador sugere o trabalho
em duplas. Muitos professores podem questionar esta estratégia de se trabalhar em
duplas no computador, pois não é fácil romper o paradigma da ação individual.

Porém são necessários critérios para se escolher as duplas, pois alunos que interagem
bem em situações mais espontâneas não necessariamente são bons companheiros para trabalhar. Para alguns, sentar-se ao lado daquele que sabe mais é um estímulo e serve
de apoio para suas dificuldades, no entanto, para outros é mais uma forma para se acomodar e desviar a atenção, pois sabe que sempre há alguém que fará a tarefa por
ele. Ao longo do processo, estas duplas podem ser alteradas buscando sempre uma
maior afinação.

Nas pesquisas o procedimento é o mesmo e o professor pode levantar com o grupo as
palavras, frases a serem consultadas mais adequadas para se trazer a informação
desejada. Também pode sugerir o assunto a ser pesquisado no site de busca, por
exemplo: literatura de cordel ou xilogravura, e juntos professores e alunos selecionam
aqueles mais pertinentes, elaborando critérios que apóiem a escolha.

Outra forma de trabalho é indicar o site para os alunos e pedir que encontrem
informações sobre a história, autor, imagens....

Mas atenção: para isto é fundamental que o professor se prepare e faça estas
pesquisas previamente a fim de auxiliar os alunos e dar boas indicações, que venham
colaborar com a ampliação do universo cultural do grupo.

Este tipo de literatura é raro em livrarias de algumas regiões do Brasil, assim faz-se
necessário uma busca em Sebos, Centros Culturais, familiares que possuam algum
exemplar.



7. Em duplas, ou pequenos grupos, apresentar as histórias do material pesquisado
para os colegas a fim de eleger aquela a ser dramatizada.



Orientação Didática:

Ao apresentar as histórias professor e alunos passam a explorá-las com mais afinco. É
importante lembrar que geralmente essas histórias são contadas ou cantadas e nesse
momento os alunos serão convidados a memorizá-las e perceberão na escrita e leitura
importantes aliados.

O professor pode compartilhar com o grupo diferentes estratégias que venham a
contribuir na memorização. Ações como: tomar notas, desenhar, ler, em voz alta ou
silenciosamente, várias vezes, entre outras.

A leitura tem uma intenção clara neste momento que é ler para memorizar assim como
uma atribuição social comum a atores, jornalistas, cantores e cordelistas....que usam
desses meios para realizar bem suas profissões.



8. Adaptação da história para peça teatral





Orientação Didática:

O grupo deve escolher uma história para apresentar. Esta é uma boa situação para
convidar os alunos a exporem suas idéias, compartilharem seus argumentos, justificar
suas preferências de modo a definir o que será dramatizado.

Muitas vezes usamos o recurso da votação e alunos indicam sem muito esforço suas
preferências. Na proposta acima possibilitamos um debate, uma argumentação que
estará favorecendo o uso da linguagem oral com eficácia.



9. Práticas de Leitura:

􏰀 Ler para memorizar

􏰀 Ler para divertir.


Nesse contexto, propor que:

 Coloquem na ordem correta trechos do cordel

 Grifem, no texto, determinadas palavras.

 Descubram a palavra omitida e buscar num banco de dados oferecido
pelo professor a palavra correspondente

 Marquem as rimas e notar padrão de repetição

 Comparem diferentes versões da mesma história



Orientação Didática:

Nesta atividade é importante que o professor garanta que os alunos já conheçam
de memória o texto a ser organizado. Conforme o conhecimento de língua portuguesa
do grupo, o professor deve até mesmo informar de qual texto está se tratando, pois é
desta forma que eles têm condições para colocar em jogo o conhecimento que vem
construindo até o momento.

No caso de alunos leitores, já a descoberta de qual é o texto, fará parte de um dos
desafios da atividade.

Dessa forma todos podem encontrar problemas a resolver e enquanto uns precisam
encontrar pistas para descobrir uma palavra solicitada, outros podem olhar para
grafia correta da palavra, identificar qual é o texto.



10. Conhecer a arte da gravura na madeira


11. Analisar diferentes xilogravuras como fonte de informação para elaborar
vestimentas, peças, cenário para a apresentação.



Orientação Didática:

Ao analisar as gravuras os alunos não só terão a possibilidade de conhecer como de
ampliar o repertório de imagens. A apreciação estética é um conteúdo fundamental
que irá colaborar com a questão do respeito a diferentes formas de manifestação
artística e cultural.


Observar imagens e a partir delas colher informações faz com que os alunos:



* aprendam a situar-se diante da informação, a partir de suas próprias experiências,

* envolvam outras pessoas nesta busca e assim passam a considerar que a
aprendizagem não está apenas relacionada à escola

* compreendam que aprender é um ato comunicativo, pois necessitam da informação
que os diferentes meios trazem.



12. Ensaiar a peça, produzir materiais e trilha sonora



Orientação Didática:

Nesse momento o professor incentiva o grupo a trabalhar em equipe e dividir tarefas.

Dessa forma convida os alunos a olharem para suas habilidades e preferências
ajudando-os a se conscientizarem de suas possibilidades.

Uma ida ao teatro é interessante para que os alunos aumentem seu repertório de
situações, imagens e conhecimento. Após assistirem a peça podem entrevistar atores,
cenógrafos a fim de colher dados que colaborem com o trabalho a ser realizado.



13. Apresentação da peça para outras salas, pais, comunidade.


14. Apresentação dos cordéis adquiridos nas pesquisas.



Orientação Didática:

Para uma proposta ser significativa é importante que se tenha uma visibilidade final do
produto e a solução do problema compartilhado com as crianças. Ao final de uma
seqüência ou projeto, entendemos que a criança aprendeu porque teve uma intensa
participação que envolveu a resolução de problemas de naturezas diversas.

O resultado de um trabalho não deve ficar guardado num caderno, pastas ou fichários,
mas sim ser exposto por meio de uma ação, como um sarau de poesias, apresentação
de um teatro, seminários, exposições, por exemplo ou objetos concretos como livros,
DVD, álbuns... Desta forma o conhecimento é transformado e tem um uso real e social.

Avaliação:



A avaliação deve acontecer ao longo de toda a seqüência, pois se acredita num
processo no qual o aluno é convidado a se envolver e realizar diferentes tarefas. Olhar
para sua capacidade em resolver problemas, criar estratégias, analisar e refletir
sobre a língua portuguesa podem ser alguns critérios avaliativos.



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