Relato de atividade em sala de aula

A ARTE DE INDIGNAR-SE

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O Xadrez das Cores
16/10/2007
Ensino Fundamental - Anos Finais
84
luciana ap furlan
ANGELINA LIA ROLFSEN PROFA | SP | Araraquara | Estadual





1.Desenvolver a capacidade de compreender criticamente a realidade.
2.Estimular a expressão de opiniões e sentimentos.
3.Estimular a tolerância e o respeito às opiniões e sentimentos alheios.
4.Discutir o preconceito e a discriminação racial.

1.Introdução ao tema por meio das seguintes perguntas: a)Você sabe o que é preconceito? b)Que comportamentos você considera preconceituosos? c)Vocês já assistiram a um curta-metragem? d)De que tratará um filme chamado "Xadrez das cores"? 2.Breve definição de curta-metragem e apresentação da ficha técnica do filme. 3.Exibição do curta. 4.Discussão em grupo. (A discussão foi norteada por questões retiradas dos pareceres pedagógicos lidos. A saber: a)A situação vivida pela empregada é algo que você aprecia? b)O que você sentiu diante do tratamento que a patroa dispensava à empregada? c)Porque a patroa tratava a empregada daquela forma? d)O que a patroa sentia diante do fato de ter uma empregada negra? e)Como a empregada se sentia diante dos comentários e atitudes da patroa? f)O que você achou da reação da empregada? g)O que você faria se estivesse no lugar da empregada? h)O que você considera positivo na atitude da empregada e da patroa?) 5.Conclusão do grupo.

Confesso que não esperava que o curta despertasse o entusiasmo dos meninos de quinta-série. Felizmente, me enganei. Logo nas primeiras cenas, as crianças estabeleceram um "diálogo" com o filme, as personagens, como se fizessem parte da cena. Diante das primeiras imagens, nas quais a patroa se refere à empregada como "negrinha", os meninos se revoltaram e exclamaram coisas do tipo: "Ah, se fosse comigo...", "Que mulher folgada!". Depois, quando a empregada resolve cobrar o respeito que lhe era devido pela patroa, as crianças igualmente se empolgaram (agora na torcida pela empregada) com frases de estímulo: "Isso!", "Isso mesmo!", "Aí!". Outras duas cenas provocaram protestos e revides: numa delas, a patroa joga a imagem da santa negra no lixo. A esse "acinte" as crianças falaram:"Não faz isso!". Na outra, a patroa descreve Jesus como alguém branco e loiro. A essa provocação, um e outro responderam: "Você não sabe!". Confesso, por fim, que me diverti muito com as reações deles, mas - além de me divertir, fiquei extremamente satisfeita com a capacidade de se colocarem no lugar de outra pessoa e se revoltarem com o tratamento desrepeitoso, inumano, que pode ser dispensado a alguém por causa da cor de sua pele.