Relato de atividade em sala de aula

A VISÃO DE UM CEGO

Visualizações |
Vote aqui
15/09/2008
Língua Portuguesa
Ensino Fundamental - Anos Iniciais
28
josilene justino de azevedo
ESC MUL ROSA FIGUEIREDO DE LIMA | PB | Cabedelo | Municipal





Despertar nos alunos uma visão igualitária da sociedade como um todo, provocando discussões sobre as condições de vida das pessoas com deficiência visual e baixo poder aquisitivo o que dificulta ainda mais a vida dessas três irmãs, fazendo-os entender que esse também é um problema de caráter econômico, além de social. A partir dessa temática, construir novos cidadãos aptos para lidar com as diferenças e capazes de reprimir a ação preconceituosa da sociedade que exclui de forma impiedosa as pessoas portadoras de deficiências (seja qual for), privando-as de seus direitos básicos (estudar, trabalhar...),
passando, assim, a tratar de forma respeitosa os portadores de deficiências cujas as necessidades têm que ser levadas em conta em quaisquer situação.

Previamente foi debatido em sala o principal tema acerca do filme. Assistimos ao DVD, discutindo-se, em seguida, a opinião de cada um a respeito do que haviam assistido. Pedi para que fizessem uma pesquisa sobre como vivem as pessoas portadoras de deficiência visual, pela internet, livros e principalmente conversando com pessoas portadoras dessa necessidade. Fizemos algumas experiências para que eles observassem o quão complicado é o dia-dia dessa pessoas. O objetivo dessas atividades era fazer com que eles sentissem na pele as barreiras enfrentadas por cegos, e que eles percebessem que uma simples atividade que nós realizamos com facilidade pode ser muito complexa para alguém que não enxerga. Para isso fizemos atividades como: fecharem os olhos e apagar e acender as luzes; de olhos fechados reconhecer os amigos pelo tato, colocar uma venda nos olhos e tentar fazer algumas atividades que fazem diariamente... Fizemos, a partir desses estudos, produções textuais com reflexões realizadas por eles durante essas experiências. Para concluir, trouxemos um jovem de nossa comunidade portador de necessidades especiais (cego de nascença) que conseguiu superar as dificuldades e realizar atividades que só crianças ditas "normais" conseguiriam fazer como andar de bicicleta, ler um livro, andar de ônibus...

O resultado desse trabalho superou minhas expectativas, pois a minha turma, que geralmente é dispersa, demonstrou uma grande motivação para trabalhar esse tema. Foi possível observar que os alunos estavam mais receptivos às diferenças, melhorando o relacionamento com os colegas. Também percebi que passaram a respeitar mais as pessoas idosas, negros e todos os diversos grupos separados pela diversidade cultural, sabendo que a importância das pessoas está naquilo que elas tem a oferecer. Eles motivaram-se a estudar e a lutar por aquilo que sonham, tendo como exemplo as três irmãs cegas, que mesmo com todas as dificuldades conseguem sobreviver e se tornarem conhecidas nacionalmente, o que descreve bem o titulo do filme: "A pessoa é para o que nasce".