Discutir sobre o consumismo e suas consequências.
Verificar impactos causados pelo consumismo desenfreado.
Estimular as crianças a serem cidadãos conscientes, para que possam preservar o meio ambiente por meio de pequenos gestos.
Sensibilizar as crianças para tomadas de atitudes que façam a diferença em seu meio.
Entender que o ser humano é o protagonista de sua história.
Antes de introduzir o curta Ilha das Flores, levei os alunos ao supermercado para simular a compra de produtos de uma cesta básica. Cada um fez a sua lista com os pais. No supermercado pedi para que se atentassem ao valor dos produtos que iriam "adquirir" (era só uma simulação). Foi uma loucura, pois analisavam as embalagens, preços e quantidades. De volta para a sala discutimos os itens marcados por cada um e valores de cestas básicas. Os alunos perceberam que muitos eram consumistas de "carteirinha". Na sequência os levei para assistir ao documentário: Ilha das Flores e perguntei se imaginavam do que se tratavam o filme, a partir do titulo. Após assistirem o DVD puderam atribuir sentido ao que realizaram no supermercado, observando as consequências do consumismo. De volta a sala de aula, pedi para escreverem o que mais havia chamado a atenção no documentário. Perceberam facilmente que era a história de um tomate que foi jogado fora e depois disputado entre o ser humano e porcos em um local, cujo nome é Ilha das Flores. Relacionaram as hipóteses levantadas antes e após assistirem o filme. Pedi para desenharem os fatos que consideraram mais relevantes e na sequência coloquei a música "Depende de Nós"(ivan lins),
"Depende de nós
Se esse mundo
Ainda tem jeito
Apesar do que
O homem tem feito
Se a vida sobreviverá..."
Retirei o trecho acima e pedique cada criança fosse a frente e dissesse o que poderia fazer para mudar a história do tomate, dos porcos e, principalmente, a história de cada um (estimulando para que cada criança percebesse que depende de cada um para que a fome, miséria, degradação do meio ambiente acarretada pelo consumismo,mude tomando novos rumos).
Para concluir as atividades, pedi para que os alunos criassem uma capa para o documentário.
Fiquei encantada com os resultados obtidos! A princípio pensei que as crianças iriam ficar chocadas com o curta, afinal o documentario é uma critica forte sobre a sociedade capitalista que vivenciamos, mas me surpreendi desde o inicio das atividades ao ve-los no supermercado, contabilizando os preços, examinando as embalagens e discutindo a real necessidade de cada produto em suas vidas. Ao ouvir os comentários a respeito da hipótese levantada sobre o nome do documentário Ilha das Flores, notei a inocência de criança em suas falas: "um lugar cheio de flores"; "uma ilha de flores e pássaros", um lugar verde e bonito para todos viverem em paz"...
Após assistirem o curta, algumas crianças foram logo dizendo: "vou falar para minha mãe não jogar nada fora e sim dar para alguém que precise, antes de estragar"; "que triste, as pessoas tem que sair daquele "lixão" para que os porcos possam comer"; "quem é mais importante os porcos ou as pessoas?"; "se eu fosse o dono da ilha, eu deixaria as pessoas pegarem o que queriam e até daria a elas um porco..." Ouvindo esses comentários percebi que atingi meus objetivos, despertei valores e estimulei as crianças a desenvolverem atos de cidadania. Então ao introduzir a música depende de nós, levei-os a perceberem que o planeta depende de cada um para que possamos sobreviver em meio as misérias, diferenças sociais e ainda preservar e contribuir com o meio ambiente positivamente.
Ao ouvirem a música se atentaram para o papel de cada um na sociedade capitalista e consumista que vivemos, responderam o que poderiam fazer para mudar a história, a sua historia no planeta:
"pensar muito antes de comprar; ser mais solidário e dividir as coisas, não poluir o meio ambiente; só comprar o que realmente for preciso; valorizar o que tenho; ajudar ao proximo; respeitar as diferenças;...
Os desenhos sobre o documentario me fascinoram registrando por meio da linguagem plástica a "viagem do tomate" ate a ilha... Amei trabalhar com o curta!