Ilustrar e enriquecer estudos prévios sobre a vida e obra da escritora. Promover debate sobre resgate histórico. Reconhecer diferenças de interesses dos jovens em cada época. Reconhecer intertextualidades.
O filme encerrou uma seqüência de ações didáticas que sem ele estariam incompletas. A primeira intenção ao apresentar o filme aos alunos foi retomar o tema das aulas do início do bimestre. Naquela ocasião lemos o trecho final de "A hora da estrela" em um blog sobre a autora, como parte de uma aula diversificada com interação multimídia. Debates se seguiram e por fim assistimos a trechos da última entrevista de Clarice na TV Cultura, disponíveis em um site de vídeos. Havia ainda uma lacuna. Nos dois eventos precedentes encontramos a obra pronta, o texto e a autora maturados. Partimos recentemente para a apreciação do curta sem muitos esclarecimentos sobre do que realmente se tratava. Esperava-se que os alunos fizessem a identificação da autora e associação com a obra lida, o que naturalmente aconteceu. Seguiu-se uma análise oral do filme retomando o trecho do texto anteriormente citado e a entrevista.
O curta esboçou para jovens em desenvolvimento a gênese da escritora criança em um universo diferente. A distância da tecnologia atual desfrutada pela maioria dos alunos causou estranhamento, mas os elementos lúdicos comuns a infância, matéria prima na formação de todos os seres humanos, provocou reflexões sobre novos valores. Manifestações de desejo de conhecer melhor a autora e suas obras, principalmente "Felicidade Clandestina",brotaram espontaneamente e alunos que já eram propensos nutriram sonhos de escritor. O filme "encurtou" a distância entre autora e leitores em formação e foi a ponte para novas hipóteses e melhores argumentações nos debates que se seguiram, inclusive buscando detalhes distintos entre o conto "Felicidade Clandestina" e o curta "Clandestina Feliciade".
