Relato de atividade em sala de aula

JOGO EM PRETO E BRANCO

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O Xadrez das Cores
31/10/2008
Língua Portuguesa, Sociologia
Ensino Médio
73
Solange de Jesus Linhares
CE PROFESSORA ELIANE MARTINS DANTAS BRASIL ALEMANHA | RJ | Rio de Janeiro | Estadual





Promover debates sobre a questão do preconceito racial e social e alguns estereótipos (esporte para negro é o futebol;o cidadão oriundo de comunidade jamais terá oportunidades; todo empregado, principalmente negro,deve ser tratado com desconfiança).
Fortalecer a ética, a cidadania e a auto-estima.
Desenvolver a capacidade de dialogar, respeitando o seu opositor.
Trabalhar a oralidade, através da exposição de idéias de maneira clara e concisa.
Oportunizar o aluno a expor possíveis casos de discriminação que tenha sofrido ou presenciado.
Conduzir o aluno a uma reflexão sobre a necessidade de lutarmos
para a superação de limites que nos são impostos.
Estimular o aluno à observação cuidadosa dos diálogos, identificando os possíveis casos de transgressão da norma culta.

Leitura da sinopse do filme,na aula anterior. Apresentação do filme com posterior debate. Depois os alunos produziram resenha, onde tiveram, mais uma vez, a oportunidade de analisar e questionar valores. Pesquisa de músicas, cujas letras revelam certo teor de preconceito. Pesquisa e análise de músicas, cujas letras, abordam as questões do preconceito racial e social. Organização de esquetes sobre o tema para apresentação na "Semana da Consciência Negra.

Foi uma experiência gratificante, pois os alunos conseguiram expor,sem receios,situações vivenciadas.Houve troca de informações sobre como agir, considerando uma situação de discriminação. Durante a mostra, percebia-se a indignação de alguns através da expressão fisionômica e/ou através de interjeições.Importante ressaltar três posições diferenciadas:a) um grupo reagiu com sentimento de raiva, sugerindo, inclusive,a agressão física da personagem que discriminava a empregada.b) Outro grupo reagiu de maneira totalmente contrária, defendendo o perdão, pois considerava que a personagem da senhora já tivera sido punida, quando foi obrigada a fazer um aborto.Neste momento a discussão tomou outro rumo, quando uns defendiam e outros atacavam a questão do aborto.c) Houve também o grupo dos acomodados.Aqueles que consideram que os fatos funcionam assim mesmo e não tem mais nada a fazer. Também aqui gerou-se outro debate muitíssimo importante, pois o grupo dos que pensam que a vida é uma constante luta e que não devemos desanimar nunca, tentava influenciar os colegas no sentido de que os mesmos não deveriam desanimar nem aceitar, passivamente, a imposição da sociedade.Alunos mais tímidos sentiram-se estimulados a dar seus depoimentos, demonstrando confiança no grupo.Houve vários pedidos para que fosse montada uma peça abordando o tema do preconceito racial. Um aluno comprometeu-se em baixar da Internet músicas com teor do preconceito.Uma vez de posse do CD (com músicas de Gabriel O Pensador), o mesmo foi apresentado em sala, gerando mais uma discussão: "Por que o negro, quando se destaca na sociedade opta por casar com uma mulher branca (de preferência loura)? "Por que tal comportamento não se verifica com a mulher que ascende socialmente?" A experiência gerou outros desdobramentos, inclusive estimulando a pesquisa, a observação atenta do emprego da língua de acordo com o padrão culto e de detalhes que podem justificar o comportamento das personagens.