Relato de atividade em sala de aula

FUTEBOL PARA TODOS!

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Uma História de Futebol
19/12/2009
Educação Física
Ensino Médio
33
MANUELA PEREIRA DE SOUSA
SESI 402 CENTRO EDUCACIONAL | SP | São Paulo | Privada





Estava trabalhando o futsal, sendo que a expectativa de ensino aprendizagem referia-se à questões táticas da modalidade. No decorrer das aulas, alguns conflitos foram surgindo como: questões de gênero, diferenças de habilidades, ausência de cooperação entre os times e dentro do próprio time. Tal situação denotou a necessidade de expandir o trabalho da modalidade sobre outra vertente. Assim, o objetivo do uso do filme foi: possibilitar à cooperação, o respeito à diversidade, visando a solução de conflitos por meio do diálogo; manifestar e defender seu ponto de vista em atividades em grupo, reconhecendo e assumindo o seu papel.

Solicitei que os alunos assistissem ao curta em casa, trazendo suas considerações. Discutimos sobre o filme em uma roda de conversa - cada um deveria expor suas considerações sobre o filme, o que gostara e o que mais lhe chamou atenção. Todos deveriam manifestar seu ponto de vista e argumentar. Direcionei a discussão para o perfil do time, as características dos jogadores (um mais alto, um mais lento, um mais gordinho...) e como o grupo era formado. Dentro de suas potencialidades, cada um tinha a sua característica o que tornava o grupo heterogêneo, mas coeso em seus objetivos. Começamos a estabelecer a visão geral de cada um sobre si - quais são as minhas características pessoais,quais são as minhas semelhanças com meus colegas e as minhas diferenças. Tentando entender que todos somos diferentes e isso, não nos faz nem melhores nem piores do que ninguém. Continuamos o trabalho na quadra mostrando que cada um dentro de suas potencialidades poderia ajudar ao time e como cada um poderia ajudar um amigo em sua dificuldade (por exemplo: eu sou um bom goleiro e meu colega não gosta de ir para o gol, eu o auxilio, eu tenho um bom entendimento tático auxilio aquele que não tem, eu tenho uma boa técnica de chute e ele não...). Assim, estabeleceu-se a cooperação no grupo, cada um entendendo e respeitando as diferenças tentando solucionar os conflitos gerados em jogo através do diálogo.

O grupo estabeleceu uma relação de solidariedade, dignidade e lealdade. Respeitavam-se mais, entendiam-se mais. Como todos eram valorizados, todos tinham voz, todos eram necessários. E isso se manifestou em todas as aulas, em outras modalidades esportivas ou não. Parece que incorporou-se a turma o princípio do direito de participar, pois, ao meu ver, todos os alunos têm o direito de acesso à cultura corporal de movimento pois este é um patrimônio da humanidade e que todos devem ter acesso independente do seu nível de habilidade, sexo, idade...