Relato de atividade em sala de aula

SER DIFERENTE É MAIS DO QUE NORMAL

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O Xadrez das Cores
14/10/2011
Biologia
Ensino Fundamental - Anos Finais
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VALDETE STEFANELO STOCHERO
ESC EST ED BAS PADRE FRANCISCO GOETTLER | RS | Jaboticaba | Estadual





Fazer com que as crianças se deem conta de que não importa a cor, a religião ou a classe social, somos todos iguais, nos direitos, nos deveres e etc. Também a importância da família no decorrer de nossas vidas, desde o nascimento até o fim. Nas cenas da favela em que as crianças aparecem brincando com armas, trabalhou-se a violência que hoje em dia afeta às afeta, desde os joguinhos de vídeo-game, até a televisão e a realidade que os cerca. Trabalhar a oralidade e a escrita.

Primeiramente foi comentado em sala de aula, o que eles imaginavam que seria, pelo nome: Xadrez das Cores. Após, assistiram ao filme e então, ao retornarem à sala e aos comentários, colocaram o que acharam do Curta, se superou suas expectativas ou não e por quê. Em um tempo determinadado, os alunos falaram do que gostaram mais, o que chamou mais sua atenção, a mensagem que tiraram disso, etc. Então em pequenos grupos, elaboraram e apresentaram para a turma, um teatro relâmpago, onde abordaram alguns dos temas do filme. Num outro momento, na sala de jogos de nossa escola, um aluno que possuía os conhecimentos do xadrez, explicou aos outros, algumas regras básicas para se jogar e eles as puseram em prática. Na sequência, foi realizado um debate em sala de aula. A partir dessas ações, individualmente, foi elaborada uma redação, sendo que o aluno podia escolher um dos temas abordados pelo filme. As redações foram lidas para a turma, após a correção da professora.

A princípio eles achavam que se tratava de um jogo de xadrez simplesmente. Assistindo ao filme, em alguns momentos riam, em outros sentiam pena da empregada, se entristeciam com a realidade da favela, e ao mesmo tempo em que se divertiram entenderam a mensagem, porque no comentário, após o filme uma das alunas relatou sua história, espontaneamente, dizendo que sua mãe havia engravidado com 15 anos e seu avô, muito furioso na época, colocou que, se ela não abortasse seria expulsa de casa. Sua mãe enfrentou-o, por isso hoje ela estava ali, a mesma aluna também comentou já ter sofrido preconceito por ser negra, a turma a escutou num silêncio total, alguns até com expressão de dó. Todos participaram dos comentários contribuindo com alguma observação. No teatrinho, apresar de histórias curtas, na maioria foram cômicas, mas todas abordavam algum tema em questão. No debate, simularam uma criança abandonada pela mãe ao nascer, por falta de condições financeiras e por ter sido expulsa de casa pelo pai. Esta, após 14 anos a quer de volta, tentando tirá-la da família adotiva. De um lado, os que defendiam que a criança deveria ficar com a mãe adotiva e de outro os que defendiam que ela ficasse com a biológica e um grupo que avaliou as melhores argumentações. Foi muito difícil decidir e então acharam por bem a criança continuar com a mãe adotiva, mas ter contatos diários com a mãe biológica pois entenderam que esta não tinha outra opção naquele momento de sua vida e também que não era justo tirá-la da família que por 14 anos deu amor, carinho e sustento à criança. A maioria se interessou em aprender jogar xadrez, alguns até continuaram a jogar depois disso. Nas redações, a maioria dos alunos abordaram o preconceito racial, aproveitaram todo esse preparo e argumentaram muito bem sobre o assunto.