Relato de atividade em sala de aula

HISTÓRIA ORAL E A IMPORTÂNCIA DA MEMÓRIA COLETIVA E INDIVIDUAL

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10/09/2012
História
Ensino Fundamental - Anos Finais
25
Raquel Foresti
EMEF LEONOR MENDES DE BARROS | SP | São Paulo | Municipal





Trabalhar com alunos do 6º ano os conceitos: memória (coletiva e individual), história material, história oral, arqueologia e o sentido da história.

1ª parte: Definições Conceituais (1 a 2 aulas) Através da leitura de textos e roda de conversas, discutir o que é História, como nós a construimos e o que a compõe. Momento para levar aos alunos o conceito de Memória (coletiva e individual), por meio de suas memórias individuais e de como elas se ligam à história coletiva. Interessante, no meio da discussão, introduzir o conceito de história oral. Através dos objetos que os alunos trazem consigo, tentar contar a história deles - mesmo que seja a do tempo presente, como, por exemplo, um estudante que gosta de usar boné apesar do tempo estar nublado - e, com isso, introduzir algumas poucas bases da Arqueologia e sua importância para o estudo de História. 2ª parte: Projeção de Dona Cristina perdeu a memória (1 a 2 aulas) Roda de Conversa sobre o filme, tentando focar nas questões: * Como se construiu a amizade do menino com Dona Cristina? * Por que a história contada por Dona Cristina se modifica tantas vezes? * Por que o menino diz um nome diferente cada vez que Dona Cristina pergunta? * Qual é a importância do relógio dentro da narrativa? * Qual é a importância das tábuas? * Você acha que o buraco onde o menino cai seguidas vezes simboliza algo? Essas são apenas sugestões. O ideal nem é direcionar tanto as questões, mas sim ser aberto aos questionamentos e observações dos próprios alunos. 3ª Parte: Produção de material audiovisual com relatos orais de pessoas idosas conhecidas dos alunos, ou "famosas" na comunidade. (2 aulas) O trabalho deve ser realizado em grupos de 3 a 4 alunos e depois exibido para a sala. A gravação deve ser feita em modelo de entrevista, privilegiando o diálogo das crianças com as pessoas a serem entrevistadas. A discussão pode ser encaminhada com as seguintes questões: * Eu conheço a pessoa entrevistada? *Eu me identifico com o relato? (Ela diz algo que eu já sabia? Ela disse algo que me interessou? Aprendi algo novo com o relato?) *O que eu gostaria de perguntar a esta pessoa?

Consegui aplicar a proposta numa substituição de aula. Ou seja, tempo extremamente limitado e sem possibilidade de discutir com antecedência os conceitos envolvidos e nem de produzir material posterior. Assim, as coisas se dividiram assim: *10 minutos para organizar a sala e equipamento. *13 minutos de projeção do curta. *15 minutos (aproximadamente) para roda de conversa. Os alunos se mostraram bem sensíveis ao filme. Em primeiro lugar, notaram o sotaque dos personagens (que são do sul do país). Depois se questionaram bastante porque o menino "mentia" para a senhora. Fizeram questionamentos sobre qual era a guerra a que Dona Cristina se referia. Também contaram como suas avós ou as pessoas mais velhas os "alugavam" com suas histórias (se gostavam ou não de saber o que os mais velhos tinham o que relatar). Enfim, acredito que para se conseguir melhores resultados seriam necessárias ao menos 4 aulas (para tratar conceitos de memoria coletiva e individual, história oral e documentos, exibir o filme, fazer a roda de conversa e produzir algum tipo de material audiovisual sobre memória).